Quando não se tem nada a perder, você fica mais livre, né? Foi essa a sensação que eu tive quando dei de cara com essa cômoda numa venda de garagem. Bati o olho nela e minha imaginação foi lá longe. Afinal, pior do que ela estava, não podia ficar, né?
O preço? 45 reais. Estado? Razoável. Potencial? Daqueles de deixar as mãozinhas nervosas.
Enquanto pensava se trazia uma cômoda dessas pra uma casa onde não cabe nem mais uma banqueta, ponderei: se bem que tô precisando de um lugar pra guardar minhas minhas tralhas. E, como ter um ateliê num apartamento quarto e sala é sonhar alto demais, resolvi me dar o luxo possível de uma “cômoda-ateliê”.
O quer fazer com ela? Ah… olha bem pro seu estado… o que ela tem a perder?
E como eu já aprendi a lição de prévias grandes cagadas, dessa vez a pintura em spray foi feita na garagem do prédio!
Duas mãos de tinta. Meia hora entre uma mão e outra e tchanann: cômoda quase nova. A tinta em spray é ou não é um material abençoado?
E pra quem tava curioso pra saber que raios é essa tal de Síndrome de Galinha D’Angola… aí está. Eu sou apaixonada por tudo que é preto de bolinha branca, sabe? Tenho fronha, vestido, enfeite de cabelo e agora até um mini-ateliê. 🙂
Então pronto: SOS móvel que ninguém queria mais, virou meu ateliê xodó.
“Criatividade é permitir a si mesmo cometer erros. Arte é saber quais erros manter.” Scott Adams