toc toc… posso entrar? Depois de tanto tempo longe daqui, só poderia
voltar pedindo licença, né? Até porque ultimamente esse espaço tem sido mais seu do que meu, por usucapião
rs.
não confunda sumiço com abandono. Meu motivo é nobre: férias! Curtas, mas ainda
assim: férias. Na
semana passada, eu e o Lê fomos para Buenos Aires recarregar as baterias e
mimar muito os olhinhos com as coisas belas de lá. Se você é uma pessoa que
gosta de comer, você vai amar Buenos Aires. Blá blá blá… isso você já sabe, eu sei. Mas
se você é uma pessoa que gosta de prédios, você nunca mais vai esquecê-la. Ahn?
Prédios? Pois já explico. É que, usando todo o seu poder de síntese masculina, o
Lê definiu a cidade com a seguinte frase: “Buenos Aires é uma cidade pra quem
gosta de detalhes”. E realmente não consegui encontrar outra frase pra
defini-la melhor. Ao caminhar pelas ruas, os olhos mal encontravam o chão.
Viviam morando nas alturas, extasiados com a beleza dos prédios e casas de lá. “Esse
é meu favorito! Não, esse aqui que é meu favorito! Hum… pensando melhor é
esse!”, dizia eu a cada esquina dobrada. Depois de 1 semana explorando e
extraindo tudo o que estava ao nosso alcance, posso afirmar de peito aberto para outros
turistas em potencial: é injusto reduzir Buenos Aires a tango, vinho, carne e antiguidades. A atenção aos mínimos detalhes está sempre presente e espalhada pelos 4
cantos da cidade. Para nosso deleite, isso acaba se refletindo também na sua
arquitetura, design, decoração e artesanato, verdadeiras jóias preciosas dessa cultura.
um lado, Buenos Aires passa por uma crise visível até mesmo aos olhos de quem
está só de passagem. A inflação castiga o comércio, o sistema de transporte
público deixa muito a desejar e as ruas estão sujas – muitas vezes, não pela
falta de cidadania dos porteños, mas
por um serviço de coleta de lixo confuso e talvez defasado. Por outro lado, também tivemos o
prazer de conhecer uma cidade linda, rica e organizada. Linda com sua
arquitetura ainda caprichada (quem sabe até quando?), rica com sua cultura tradicional e ao mesmo tempo de vanguarda em tudo que faz, e
organizada, com seus cidadãos mais gentis, cordiais e solidários do que estamos
acostumados a encontrar pelas bandas de cá.
esse post não tem a pretensão de ser guia de viagem não. Vou deixar isso para
um próximo post, se vocês quiserem, claro. É que, como estou com saudades, queria unir o útil ao agradável falando dos garimpos da viagem e algumas mudanças do cafofo dos últimos meses. As comprinhas variam entre garimpos do Saara, de Buenos Aires e até da Internet. Aos
poucos, a casa vai mudando de cara e ficando cada vez mais com cara de 2. <3
As carinhas também são uma belezura comprada na fofíssima Chapó Loló, em Palermo Viejo, Buenos Aires. São 6 carinhas diferentes que já vêm fatiadas em 3 partes (olhos, nariz e boca) e você pode brincar à vontade de troca-troca. Essa dentucinha de cabeça nervosa aí da direta, por exemplo, é meu alter ego rs. 🙂 Já fiquei pensando que fazer uma brincadeira dessa com a fotos dos amigos seria um divertido presente de Natal! É ou não é? É só usar essa lógica das impressões na folha de imã! Esses quadrados amarelos sobre a bancada são azulejos hidráulicos comprados no Leroy Merlin. Comprei para servirem de descanso de panela e costumam receber elogios dos amigos quando vão à mesa, viu? 🙂 Se quiser uma ideia barata, duradoura e charmosa pra descansar suas panelas quentes e até os vasinhos de plantas sobre a mesa, fica a dica!
Ufa! Mas como falo! É que ainda tem mais pra mostrar! Agora falemos da parede acima do sofá. “A parede do Lê”, como chamados. Esse é o único espaço da casa onde a palavra final da decoração é dele. Eu até opino (e muito, quando mulher não opina?!), mas no final das contas só entra o que ele quer. Esse relógio, por exemplo, foi ele que apontou na loja e fez questão de comprar. Eu só disse: “pode ser o turquesa? “. Garimpamos esse com um preço possível lá na Gato, também em Buenos Aires.
Desejou? Então você vai adorar o próximo post do Casa de Cueca. Falo mais nada. 🙂
O quadro “quadriculado” é uma foto do Lê impressa em lona. São aquelas gavetinhas do cemitério ainda vazias, mas se você for achar muito mórbido finge que não te contei isso. Esse efeito engana-olho (pontinhos nos cantos dos quadrados) que dá na foto também dá na vida real. O peixinho amarelo é de uma loja de artesanato argentino encantadora e é feito com latinha de atum reciclada, tem como não amar? Esqueci o nome exato da loja, mas prometo buscar e atualizar. Só sei que fica em Palermo Viejo!